"Financiamento da Cadeia de Grãos no Brasil: O Papel das Tradings e Fornecedores de Insumos"
Dissertação de mestrado de Felipe Prince, sócio-economista da Agrosecurity, apresentada ao Instituto de Economia da UNICAMP.
Resumo
Uma das conseqüências da crise fiscal do Estado na década 1980 foi a queda dos recursos destinados ao financiamento agrícola no Brasil. Nesse contexto, mecanismos privados de crédito foram criados, com o objetivo de atender a demanda crescente do setor, que se desenvolveu fortemente a partir do final da década de 1970 no país. Esses mecanismos estiveram relacionados à própria evolução e consolidação dos Complexos Agroindustriais, e contaram com a atuação das empresas fornecedoras de insumos, tradings, agroindústrias e exportadores como agentes na concessão de crédito aos produtores. Assim, ao lado dos mecanismos de crédito oficial (que envolvem bancos e cooperativas de crédito), fortaleceram-se mecanismos de crédito não-oficial para o financiamento da agricultura, especialmente da produção de grãos no Centro-Oeste do Brasil, onde houve maior crescimento da área cultivada a partir desse período.
O primeiro objetivo desse trabalho é explicar os modelos de financiamento de custeio dos produtores de grãos no Brasil, tanto os modelos de crédito oficial – que funcionam sob a égide do Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR -, quanto os modelos de crédito não-oficial, em que os agentes concedentes de crédito são trading e os fornecedores de insumos. O segundo objetivo é demonstrar os modelos de crédito predominantes para o financiamento da produção de grãos nas duas maiores regiões produtoras do país, a saber, Sul e Centro-Oeste. Verificar-se-á, através de dados estatísticos, que o modelo de crédito predominante no Sul é o crédito oficial, enquanto no Centro-Oeste, o modelo de crédito predominante é o não-oficial.
Acesse a dissertação completa através do link:
http://www.agrosecurity.com.br/anexos/dissertacao_felipe_prince.pdf